Prefeitura de Manaus mostra descaso e omissão em caos no trânsito após incêndio na Zona Centro-Sul
Um incidente em ocorrido nesta última terça-feira (13), em Manaus revelou a precariedade e o despreparo das autoridades municipais para lidar com situações de emergência. A fiação de um poste de energia elétrica pegou fogo no cruzamento entre as avenidas Salvador e Mário Ypiranga Monteiro, na Zona Centro-Sul da capital amazonense, provocando um verdadeiro caos no trânsito da cidade. O sinistro, que ocorreu por volta do fim da manhã, deixou os moradores da região enfrentando até 10 horas de congestionamento em um cenário de completo desrespeito com o cidadão.
A interdição das vias e a consequente falta de alternativas viáveis expuseram a falha do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), órgão responsável pela mobilidade urbana na cidade, que mostrou-se totalmente despreparado para lidar com situações de urgência. O desvio do trânsito para outras vias não foi suficiente para aliviar o fluxo, e as poucas opções oferecidas aos motoristas tornaram-se rapidamente ineficazes diante do aumento do tráfego nas áreas próximas ao local do incêndio.
Testemunhas relataram que o incêndio se alastrou rapidamente, com fios das redes de energia e telefonia continuando a pegar fogo mesmo após caírem ao chão. A Amazonas Energia informou que o fornecimento de energia foi interrompido nos bairros Adrianópolis, Aleixo e Parque Dez, e equipes foram deslocadas para recompor o sistema. Contudo, a concessionária só conseguiu restabelecer parcialmente o fornecimento por volta das 16h15, deixando ainda cerca de 1,2 mil clientes sem energia.
Caos no trânsito
Enquanto isso, os moradores enfrentavam o caos no trânsito. A falta de planejamento prévio e de infraestrutura adequada transformou a situação em um pesadelo. Motoristas que tentavam acessar a avenida Umberto Calderaro Filho ou outras vias próximas ao local do incêndio se viram presos em congestionamentos intermináveis, com poucas opções de escape.
A avenida Mário Ypiranga Monteiro, uma das mais afetadas, teve o trânsito redirecionado a partir do viaduto Miguel Arraes, mas as alternativas oferecidas eram insuficientes para evitar o engarrafamento.
O IMMU afirmou que 40 agentes de trânsito foram mobilizados para lidar com a situação. No entanto, a medida revelou-se insuficiente para enfrentar o tamanho da crise, destacando a necessidade urgente de uma reavaliação completa do sistema de trânsito da cidade.
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas utilizou mais de 2 mil litros de água para controlar as chamas, mas a falta de coordenação entre os órgãos responsáveis prolongou o sofrimento dos manauaras.
A ineficiência e o despreparo evidenciados pelo IMMU e pela prefeitura de Manaus reforçam a urgência de mudanças estruturais no trânsito da cidade.
O próximo prefeito de Manaus terá o desafio de reverter essa situação.
É imprescindível que novos concursos sejam abertos e que se promova um estudo sério, em conjunto com a engenharia de trânsito, para desenvolver soluções que possam evitar esse tipo de colapso no futuro.
Os cidadãos de Manaus merecem respeito e, sobretudo, um sistema de mobilidade urbana que esteja à altura de suas necessidades.