China eleva tarifas para 125% em retaliação às medidas dos EUA
A China anunciou, nesta sexta-feira (11), a elevação das tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para 125%, em resposta ao aumento promovido pelo governo norte-americano, que fixou a taxação contra o país asiático em 145%.
A medida foi confirmada pelo ministro das Finanças chinês, Lan Fo’an, que classificou as tarifas dos EUA como “absurdamente altas” e “uma violação séria às regras comerciais internacionais, às leis econômicas básicas e ao senso comum”. Segundo ele, trata-se de uma ação unilateral de coerção e intimidação.
Em nota, Fo’an afirmou que a China ignorará as novas tarifas norte-americanas e que o embate comercial “deixou de ter um significado econômico para se tornar um jogo de números”. O governo chinês também apresentou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos, na quinta-feira (10).
A retaliação chinesa foi anunciada poucas horas depois de o presidente Xi Jinping declarar, durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que seu país “não teme qualquer repressão injusta” e que seguirá focado em “administrar bem os seus próprios assuntos”.
A escalada de tensões comerciais entre os dois países se intensificou desde o início do ano. Em janeiro, os EUA impuseram uma taxa de 10% sobre importações da China. Em março, a tarifa subiu para 20%, e em abril, com a mais recente rodada de aumentos, atingiu o patamar de 145%. A China respondeu de forma gradual, com sanções que chegaram agora ao nível de 125% sobre produtos norte-americanos.
Texto: Redação
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