Balança comercial do Amazonas tem saldo impulsionado por exportação de ouro e motos
No mês de junho de 2025, o Amazonas registrou movimentação de US$ 1,25 bilhão na Corrente de Comércio, puxada principalmente pelas exportações de ouro para a Alemanha e motocicletas para a Argentina. Os dados são da Balança Comercial do estado, mensurada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), através da Secretaria Executiva de Planejamento (Seplan).
Durante o período, as exportações totalizaram US$ 71,25 milhões, enquanto as importações somaram US$ 1,18 bilhão. A maior parte das aquisições foi destinada à compra de peças e materiais que servirão como insumos em processos produtivos locais, sinalizando expectativas de crescimento industrial e aumento nas vendas em curto prazo.
Entre os destinos das exportações, a Alemanha destacou-se como principal parceiro, sobretudo na compra de ouro semimanufaturado para usos não monetários, representando US$ 12,04 milhões, ou 97,53% do total exportado ao país europeu. A Argentina ficou em segundo lugar, com US$ 5,18 milhões em exportações, destacando-se as motocicletas de médio porte (250 a 500 cm³), que correspondem a 49,20% do total negociado com o país vizinho.
No que diz respeito às importações, a China lidera como maior fornecedor, com US$ 82,7 milhões em produtos, especialmente suportes gravados para reprodução de som e imagem, como discos e dispositivos eletrônicos. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com US$ 27,79 milhões em produtos importados, especialmente copolímeros de etileno e alfa-olefina, fundamentais para a indústria local.
No interior do estado, o município de Presidente Figueiredo foi o destaque nas exportações, enviando US$ 6,19 milhões em ferro-ligas para a China. Itacoatiara e Nova Olinda do Norte também se destacaram, com exportações e importações expressivas, incluindo madeira serrada, óleos de petróleo, e veículos aéreos e espaciais.
A Balança Comercial do Amazonas é elaborada pelo Departamento de Estatística e Geoprocessamento (Degeo) da Sedecti, e serve como ferramenta estratégica para o acompanhamento e análise do comportamento econômico regional. Segundo o assessor econômico Alcides Saggioro, “as exportações demonstram as possibilidades de inserção internacional do Polo industrial de Manaus”.
Texto: Redação
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